Qualidade de café (coffea arabica l.) seco com ar desumidificado por convecção

RESUMO

Os processos de secagem de grãos têm sido aprimorados para reduzir custos e perdas na qualidade de bebida do café.

Objetivou-se neste estudo avaliar a qualidade do café seco em quatro propriedades agrícolas que possuem Unidades de Secagem (US) com desidratação parcial do ar antes de sua injeção na massa de grãos, também foram analisados os efeitos deste processo sobre os valores comerciais do café.

A metodologia constituiu-se na obtenção de três amostras em triplicatas de café seco nas US e em terreiro (controle) para comparação múltipla das médias de grãos retidos na peneira nº. 17, catação e fundo de peneira nº. 13, quantidade de defeitos, prova de bebida e precificação.

A avaliação foi realizada por três profissionais e os resultados mostraram que o café seco nas US, comparativamente ao terreiro de concreto, apresentou como vantagens a maior quantidade de grãos retidos na peneira nº 17 e maior pontuação na prova de bebida, também foi constatada redução dos fatores negativos de catação e defeitos.

A conclusão enfatizou acréscimo médio de 12,11% no preço do café seco utilizando o equipamento.

RESULTADOS

Tabela 1. Porcentagem de catação e fundo de peneira nº 13 (Cata) das amostras secas nas UTA e nos terreiros, seguidos das médias (ȳ) e desvios padrão (s)

A US-B teve o melhor desempenho.

As US A, C e D tiveram (juntas) o segundo melhor desempenho.

O Terreiro (controle, comparativo) teve o dobro percentual de cata.

Tabela 2. Defeitos constatados (adimensional) das amostras secas nas UTA e nos terreiros, seguidos das médias (ȳ) e desvios padrão (s)

As US A e B tiveram o melhor desempenho. As US A, C e D que tiveram (juntas) o segundo melhor desempenho. O Terreiro (controle, comparativo) teve o triplo de contagem de defeitos.

Tabela 3. Percentagem de grãos retidos em peneira nº 17 (Pen 17) das amostras secas nas UTA e nos terreiros, seguidos das médias (ȳ) e desvios padrão (s)

As US A, B e D tiveram o melhor resultado (3X maior que o terreiro), acompanhadas pela US C.

Tabela 4. Pontuação SCSSA obtida na prova de bebida das amostras secas nas UTA e nos terreiros, seguidos das médias (ȳ) e desvios padrão (s)

Todas US foram estatisticamente iguais, e diferiram sendo melhores do café do terreiro.

Tabela 5. Preço de venda da saca de 60 kg das amostras secas nas UTA e nos terreiros, seguidos das médias (ȳ) e desvios padrão (s)

Todas US foram estatisticamente iguais, e todas estatisticamente melhores que o café do terreiro

 

CONCLUSÃO

Foi possível secar café com umidades iniciais de 60% b.u. diretamente na US, esta técnica de secagem, com desumidificador UTA e secador SBJ, apresentou café com maior qualidade comparativa aos cafés secos em terreiros de concreto.

As amostras de café secas nas US apresentaram maior quantidade de grãos retidos na peneira nº. 17, maior pontuação na prova de bebida e redução dos fatores catação e defeitos.

O valor médio de comercialização dos lotes de café secos nestas US mostrou-se 12,11% superior ao valor dos lotes de café secos em terreiro.

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